domingo, 25 de junho de 2017

Agir reflexivo na Gestão

A Gestão Escolar traz para si e para o desenvolvimento da sua comunidade escolar o compromisso pedagógico e educador da vivência da interdisciplinaridade na sua dimensão curricular,articulando parâmetros para uma Escola Reflexiva.Na dinâmica desta responsabilidade,estão ações que conectam processos que se complementam e que concretizam as concepções dos grupos de trabalho: as competências e todas as atividades realizadas na comunidade escolar devem gerar ações mobilizadoras de construção de competências que podem estar naturalmente previstas nas mais variadas formas de planejamento,desde que impliquem a vivência da problematização,da pesquisa,da reflexão,do processo de tomada de decisão,da implementação e da avaliação de processo,de regulação.
As competências estão estruturadas e constituídas pelo entendimento,pela compreensão,no momento em que há apropriação plena de todos os elementos que cercam determinado objetivo da construção do conhecimento.Os envolvidos processos dinâmicos  de características específicas dos diferentes saberes que envolvem  os seres humanos e as competências,ações legitimadas  de autoridade diante de circunstâncias são definidas em contexto tipo: culturais,que atendem às atualizações da sociedade,principalmente no que dizem respeito aos humanos,pois exigem razão,equilíbrio,sensatez,organização,mobilização de recursos diversos,transferência e operância de saberes multiplicados.As competências também exigem um conjunto de operações mentais : adaptação,diferenciação,integração,generalização etc.
Quando Philippe Perrenoud fala sobre essas competências,em sua obra "Dez competências para ensinar",ele coloca no currículo escolar as oportunidades para a construção de competências através de atividades práticas como por exemplo: grupos,oficinas,pesquisas,fóruns,laboratórios,gincanas etc.Todas estas ações envolvem muitos e diversificados saberes;assim ,competências envolvem saberes interdisciplinares  em uma matriz curricular .Em seu texto,Perrenoud  mostra aos docentes essas competências,que são:organizar e dirigir situações de aprendizagem,administrar o progresso das mesmas,envolver os alunos nos trabalhos,trabalhar em equipe/coletivo convicto,participar da administração da instituição,informar e envolver a comunidade,utilizar tecnologias,enfrentar os deveres e dilemas éticos da profissão e administrar sua própria formação contínua.
Sabemos que com a ajuda do PPP é possível tentar fazer uma Gestão mais democrática e participativa.É comum as escolas mencionarem nele que o objetivo é formar alunos críticos e criar um ambiente cooperativo.Embora isso seja bom, nem sempre é refletido na prática pois muitas vezes o que prevalece é um festival de normas arbitrárias e punições.Trabalhar com uma gestão que possibilita a interdisciplinariedade ,valoriza as competências e tem consideração pelo outro,é ter sucesso!

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Gestão das Emoções

Já que este eixo trata muito sobre Gestão,falo sobre um  assunto mais voltado para psicologia,que está presente  neste semestre também.Bem,esse tipo gestão diz respeito à gama  de competências associadas à chamada função executiva,que,no cérebro,é responsável pela capacidade de planejamento,organização,execução de tarefas e atenção,entre outras.Seu desenvolvimento começa desde a infância,resultando em pessoas estáveis emocionalmente,que demonstram previsibilidade e consistência em suas reações.Discutir por exemplo situações polêmicas em classe, mediando essa conversa com os alunos,pode sim ajudá-los a aprimorar habilidades.As autoavaliações auxiliam na formação de seres humanos mais reflexivos e responsáveis.Não se pode esquecer também  que em casa,é fundamental o estímulo,o exercício de autocontrole e administração dos desejos e das frustrações.Por isso,a  família é fundamental para este desenvolvimento,não se deixando  curvar a birras,chantagens emocionais e se desesperarem para recompensar os acertos,com recompensas imediatas para com seus filhos.Diante disso é correto afirmar que: "em tempos velozes,um grande presente que os pais dão, é ensinar a reduzir a ansiedade e saber esperar". Na cabeça dos alunos,vejo que não há espaço para análises e sim o de ser avaliado entre o que é bom ou ruim.O sistema que impõe esse tipo de situação,sendo que seria muito mais produtivo, trabalhar através de análises,para eles mesmo irem atrás dos "QUÊS".A escola deveria gerenciar isso melhor,assim os alunos teriam liberdade para pensar no seu desempenho escolar,buscando melhorar ou até mesmo aperfeiçoar,corrigindo o que está errado.

No que diz respeito a minha prática sobre o assunto,posso dizer que sempre procurei motivar meus alunos a debaterem e argumentarem de uma forma harmoniosa em sala de aula.Reservava sempre o final da aula para uma conversa mais informal,ou até mesmo um tema  do qual estávamos aprendendo.

Neste filme Divertida Mente as emoções vivem no centro de controle, dentro da mente de uma menina e que a ajudam dando conselhos em sua vida cotidiana.Conforme a garota e suas emoções tentam se adaptar à nova vida,começa uma agitação no centro de controle(Mente).Apesar de Alegria,a principal e mais importante emoção de Riley tente se manter positiva,as emoções entram em conflito sobre qual melhor jeito de viver em uma nova cidade,casa e escola.Aqui neste filme,pode-se perceber o quão importante é saber gerenciar nossas emoções.


                


quarta-feira, 21 de junho de 2017

Pedagogia de Pojetos

O baiano Anísio Teixeira, promoveu um processo de renovação no panorama educacional do mundo.Um de seus princípios pedagógicos de acordo com ele era:

"Educar para pensar,para solucionar problemas,para produzir;aprender a aprender;aprender a fazer,fazendo(ressaltando-se o significado do papel ativo do sujeito no seu processo de aprendizagem);trabalhar com problemas que despertem curiosidades,exijam buscas de informações e estabelecendo "redes"entre as diversas disciplinas do currículo;educar para democracia,investindo na formação de alunos conscientes,participativos,cidadãos atuantes." 

Trabalhar com Projetos  traduz uma concepção de ensino e aprendizagem Construtivista/Interacionista de Educação e tem demonstrado ser um empreendimento de grande valia para o desenvolvimento da ação pedagógica,na medida em que dá oportunidade aos alunos de analisar as situações,os problemas e os acontecimentos dentro de um contexto;e utilizar-se de suas experiências socioculturais e dos conhecimentos presentes nas diversas áreas disciplinares,contextualizando-os e viabilizando ações próximas à realidade  destes.
O Projetos Didáticos abrem ,ao lado de outras metodologias,perspectivas de uma nova prática para os educadores que devem ampliar suas formas de ver o ato educativo e,em consequência,suas ações,em  direção a posturas que enfatizem a participação do aluno na construção de conhecimentos através de problematização  de situações,vivências integrativas em busca de soluções,de tomada de decisões individuais e coletivas,de organização de registros e sínteses,conscientizando-se de que a meta maior de aprendizagem escolar é a sua utilização em situações de vida prática.
O que muitas vezes acontece é que o professor/escola,estende demais o tempo do projeto o que acaba cansando e desinteressando os alunos.Conduzir um projeto exige muito planejamento e criatividade caso contrário,o mesmo caí na monotonia.
Muitas escolas trabalham com datas comemorativas como temas para os Projetos,sendo que o mesmo deve ser escolhido a partir de uma conversação com os alunos.É de se pensar:Por que só no dia da Consciência Negra,devo trabalhar sobre o racismo?Por que não posso fazer isso antes?É pra isso que o projeto é fundamental,pois nos permite abordar diferentes temas em qualquer momento.

Cultura do Individualismo

Para ilustrar o significado real de uma gestão escolar,trago aqui uma história de um  autor DESCONHECIDO  sobre a ação conjunta de "um fazer" e que também é conjunto que se destina a todos.O texto  retrata a cultura do individualismo nos ambientes de trabalho e nos desafia à reflexão.

"Antônio era um antigo funcionário de uma empresa extremamente comprometida com a formação dos seus funcionários .Certo dia,o executivo-chefe  determinou que ele,bem como todo grupo de gerentes  da empresa,participasse de um fatigante curso de sobrevivência.O treinamento com três dias de duração,seria uma longa corrida de obstáculos.Para cumprir a primeira tarefa,que consistia em atravessar um rio violento e impetuoso,dentro de um período de quatro horas,a equipe formada por 12 gerentes teria de se dividir em três grupos.A equipe A recebeu quatro tambores de óleos vazios,duas grandes toras de madeira,uma pilha de tábuas,um grande rolo de corda grossa e dois remos.Os integrantes da equipe B receberam dois tambores,uma tora e um rolo de barbante.Em contrapartida,a equipe C não recebeu material nenhum para cruzar o rio.Este deveria utilizar os recursos fornecidos pela natureza,caso conseguissem encontrá-los por perto.Nenhuma instrução a mais foi fornecida aos participantes do curso.
Antônio foi escolhido para estar no grupo mais equipado,o A.Ele e seus companheiros levaram pouco mais do que meia hora para construir uma maravilhosa jangada.Um quarto de hora mais tarde,todo o grupo estava em segurança do outro lado do rio.Com os pés enxuto,a equipe A observava vitoriosa os colegas em sua luta desesperada.
Quase duas horas depois,o grupo B atravessava a correnteza.Há muito tempo Antônio e sua equipe não riam tanto!O ponto alto foi quando a tora e os dois tambores viraram com os gerentes financeiro,de computação,de produção e o de pessoal.O melhor,entretanto,ainda estava por vir.
Nem mesmo o rugido das águas foi suficiente para sufocar o riso dos oito homens enquanto o grupo C lutava contra a correnteza.Desesperado,os integrantes do grupo agarraram-se a um emaranhado de galhos,que se movia rapidamente com o curso das águas.O auge da diversão foi quando eles bateram em um rochedo,quebrando os galhos.Somente reunindo todas as forças que lhe restava foi que o último membro do grupo C,o gerente de logística,todo arranhado e com os óculos quebrados,conseguiu atingir a marge,200 metros rio abaixo.
Quando o líder do curso voltou,quatro horas depois,questionou:"Então como se saíram?"O grupo A respondeu em coro:"Nós vencemos!Atravessamos o rio em 45 minutos!"O instrutor  entretanto rebateu:"Vocês devem te entendido mal.Não foi pedido ao grupo que vencesse à custa dos outros.A tarefa somente teria sido concluída com sucesso caso as três equipes tivessem atravessado o rio dentro das quatro horas",reprovando a atitude individualista e competitiva do grupo A.
Foi uma ligação definitiva para todos.Nenhum deles pensou em ajuda a mútua,muito menos em divisão de recursos (tambores,toras,cordas e remos) para uma meta comum.Não ocorreu a nenhum dos grupos coordenar esforços nem ajudar os outros.Assim,todos caíram na mesma armadilha.A verdadeira participação só se daria se todos fizessem parte daquela açã,que era de todo,enquanto atividade de formação e de treinamento.Porém,naquele dia,todos os participantes aprenderam muito a respeito do trabalho em equipe,participação conjunta,lealdade e a utilidade da "cultura dos nós" em lugar da "cultura do Eu x Eles",para uma convivência mais humana e a construção coletiva de um mundo mais humano para todos.Somente a participação,a solidariedade,o espírito de grupo e o trabalho coletivo podem construir os seres humanos e a sociedade."
Bem como experiência percebi que existe uma diferença grande entre atuar com uma equipe de Ed.Infantil e de ensino  fundamental,Na infantil,muitas das coisas são feitas coletivamente,há maior união o que não acontece no fundamental e por  ser tudo mais corrido,cada docente  se fecha na sua sala e aplica sua aula.Só se reúnem mesmo,na sala dos professores na hora do recreio,ou em janelas de planejamento.Outro fator que percebo muito nos anos iniciais é a competitividade,o que causa uma exclusão desnecessária de outros professores.
Cabe ao gestor trabalhar essas particularidades,para que o grupo não caia em desunião.