quarta-feira, 21 de junho de 2017

Cultura do Individualismo

Para ilustrar o significado real de uma gestão escolar,trago aqui uma história de um  autor DESCONHECIDO  sobre a ação conjunta de "um fazer" e que também é conjunto que se destina a todos.O texto  retrata a cultura do individualismo nos ambientes de trabalho e nos desafia à reflexão.

"Antônio era um antigo funcionário de uma empresa extremamente comprometida com a formação dos seus funcionários .Certo dia,o executivo-chefe  determinou que ele,bem como todo grupo de gerentes  da empresa,participasse de um fatigante curso de sobrevivência.O treinamento com três dias de duração,seria uma longa corrida de obstáculos.Para cumprir a primeira tarefa,que consistia em atravessar um rio violento e impetuoso,dentro de um período de quatro horas,a equipe formada por 12 gerentes teria de se dividir em três grupos.A equipe A recebeu quatro tambores de óleos vazios,duas grandes toras de madeira,uma pilha de tábuas,um grande rolo de corda grossa e dois remos.Os integrantes da equipe B receberam dois tambores,uma tora e um rolo de barbante.Em contrapartida,a equipe C não recebeu material nenhum para cruzar o rio.Este deveria utilizar os recursos fornecidos pela natureza,caso conseguissem encontrá-los por perto.Nenhuma instrução a mais foi fornecida aos participantes do curso.
Antônio foi escolhido para estar no grupo mais equipado,o A.Ele e seus companheiros levaram pouco mais do que meia hora para construir uma maravilhosa jangada.Um quarto de hora mais tarde,todo o grupo estava em segurança do outro lado do rio.Com os pés enxuto,a equipe A observava vitoriosa os colegas em sua luta desesperada.
Quase duas horas depois,o grupo B atravessava a correnteza.Há muito tempo Antônio e sua equipe não riam tanto!O ponto alto foi quando a tora e os dois tambores viraram com os gerentes financeiro,de computação,de produção e o de pessoal.O melhor,entretanto,ainda estava por vir.
Nem mesmo o rugido das águas foi suficiente para sufocar o riso dos oito homens enquanto o grupo C lutava contra a correnteza.Desesperado,os integrantes do grupo agarraram-se a um emaranhado de galhos,que se movia rapidamente com o curso das águas.O auge da diversão foi quando eles bateram em um rochedo,quebrando os galhos.Somente reunindo todas as forças que lhe restava foi que o último membro do grupo C,o gerente de logística,todo arranhado e com os óculos quebrados,conseguiu atingir a marge,200 metros rio abaixo.
Quando o líder do curso voltou,quatro horas depois,questionou:"Então como se saíram?"O grupo A respondeu em coro:"Nós vencemos!Atravessamos o rio em 45 minutos!"O instrutor  entretanto rebateu:"Vocês devem te entendido mal.Não foi pedido ao grupo que vencesse à custa dos outros.A tarefa somente teria sido concluída com sucesso caso as três equipes tivessem atravessado o rio dentro das quatro horas",reprovando a atitude individualista e competitiva do grupo A.
Foi uma ligação definitiva para todos.Nenhum deles pensou em ajuda a mútua,muito menos em divisão de recursos (tambores,toras,cordas e remos) para uma meta comum.Não ocorreu a nenhum dos grupos coordenar esforços nem ajudar os outros.Assim,todos caíram na mesma armadilha.A verdadeira participação só se daria se todos fizessem parte daquela açã,que era de todo,enquanto atividade de formação e de treinamento.Porém,naquele dia,todos os participantes aprenderam muito a respeito do trabalho em equipe,participação conjunta,lealdade e a utilidade da "cultura dos nós" em lugar da "cultura do Eu x Eles",para uma convivência mais humana e a construção coletiva de um mundo mais humano para todos.Somente a participação,a solidariedade,o espírito de grupo e o trabalho coletivo podem construir os seres humanos e a sociedade."
Bem como experiência percebi que existe uma diferença grande entre atuar com uma equipe de Ed.Infantil e de ensino  fundamental,Na infantil,muitas das coisas são feitas coletivamente,há maior união o que não acontece no fundamental e por  ser tudo mais corrido,cada docente  se fecha na sua sala e aplica sua aula.Só se reúnem mesmo,na sala dos professores na hora do recreio,ou em janelas de planejamento.Outro fator que percebo muito nos anos iniciais é a competitividade,o que causa uma exclusão desnecessária de outros professores.
Cabe ao gestor trabalhar essas particularidades,para que o grupo não caia em desunião.

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