quinta-feira, 21 de junho de 2018

Globalização e Interdisciplinariedade


“Uma pessoa educada é a que assimilou, que interiorizou, em suma, que aprendeu, o conjunto de conceitos, explicações, habilidade, práticas e valores que caracterizam uma determinada cultura, sendo capaz de interagir de forma adaptada com o ambiente físico e social no seio da mesma” (CALFEE,1981)

No texto de abertura, Hilton Japiassu nos fala da compartimentalização dos saberes e da importância do trabalho integrado. De que modo vocês relacionam estas questões com a “Fragmentação dos processos de produção (Taylorismo & Fordismo) e da cultura escolar” e “As novas necessidades das economias de produção flexível” expostas por Santomé?
Já no texto de abertura é possível refletir sobre a fragmentação dos saberes e como esta refletirá na constituição das aprendizagens do educando e por fim na formação cultural da sociedade de forma em geral. Na leitura referente a globalização e interdisciplinaridade  podemos vincular as ações sociais dos processos de produção com os mecanismos pedagógicos da educação, diferenciando as duas fortes correntes curriculares presentes na educação atual, por um lado aqueles que fundamentam com um resultado de um processo de desenvolvimento em grande parte interno da pessoa, e outro que concebem como o resultado de um processo de aprendizagem, em grande parte externo a pessoa, diferenciando assim as práticas pedagógicas que o embasam.
Quando pensamos em currículo temos que entender que ele tem como função principal criar uma identidade, subjetividade –opinião- conhecimento. Sua natureza epistemológica é social, não nos deixando esquecer o aspecto político. A finalidade primordial do currículo é promover o desenvolvimento o desenvolvimento do ser humano, a divergência está em como se dá este crescimento e quais ações pedagógicas promovem este crescimento. ”Um currículo é uma tentativa de comunicar os princípios e características essenciais de um propósito educativo, de tal forma que permaneça aberto à discussão crítica e possa ser efetivamente transladado a prática” (STENHOUSE,1984, p.29).
É certo dizer que o homem é um ser social, ou seja, culturalmente organizado. Por isso, a relação das movimentações sociais com os processos educativos.
Ao ler sobre o fordismo (método de produção idealizado por Henri Ford), não pudemos deixar de lado nossa reflexão sobre como as escolas, tentam derrubar o capitalismo há séculos e não conseguem, porque as mesmas dependem do capitalismo para tentar derrubar a ele. Se o fordismo era forte na época era por conta da própria sociedade, que em sua maioria o alimentava. No fordismo, temos o modelo de uma indústria de produção em massa, grande quantidade de produtos idênticos, onde cada operário deve fazer seus movimentos mecânicos de forma desvinculada do todo, sem muito esforço cognitivo e de relação com o meio ou seus pares. Essa é a ideia de um currículo baseado no apriorismo, ou seja, a aprendizagem subordina-se ao desenvolvimento, sem muita construção de aprendizagem ou interação.
Diferente de hoje que ainda lutamos contra o mundo capitalista, antigamente combater o capitalismo era ir contra um sistema ao qual não existia seres pensantes e sim massa de manobra.
Teorias críticas após um tempo foram criadas com base no Marxismo e escola e sociedade passaram a serem os culpados por esta onda de transformações, que atingia a indústria cultural, o ensino, a ideologia, reprodução cultural/social, poder, capitalismo; relações de trabalho da época.
Depois de um tempo surgiu as ideias pós-críticas, que a esses se davam em grupos sociais tornando-se assim a democracia uma maneira onde se obtinha na escola identidade, alteridade, o respeito as diferenças, a subjetividade e principalmente o saber, que era um poder negado a sociedade. Sujeitos que antes eram desinformados, passaram a buscar informações e com pensamentos reflexivos, que antes eram podados.
A teoria toyotista (método de produção idealizado por Taichi Ohno, dono da fábrica Toyta) de produção, traz a individualidade de seus produtos, a participação e contribuição de seus operários, buscando a qualidade e o “defeito zero”, ou seja, pensando na qualidade geral do todo. Assim se concebe um currículo baseado na interação e na construção das aprendizagens por parte do indivíduo. Antes o que importava era o produto final (nota) e não o processo de produção (busca e processos de construção das aprendizagens).
O que percebemos hoje em dia, é que o multiculturalismo está em choque com a homogeneização cultural, que nada mais é que uma tendência econômica como globalização, mídia e capitalismo envolvidos. Assim para que o multiculturalismo crítico possa funcionar, o diálogo é fundamental para eliminação das desconfianças entre povos e culturas diferentes. A escola nessa parte precisa buscar mais práticas, ações para trabalhar isso. É preciso trabalhar etnia e não raça, raça é um termo pejorativo de dizer que algo é melhor que o outro, já etnia representa traços culturais e biológicos típicos de cada região do mundo.
Para o Etnocentrismo não ser uma doença no nosso mundo precisamos que o relativismo cultural seja ensinado nas escolas. Compreender as diferenças mesmo não estando de acordo com algumas culturas, é o primeiro passo para o respeito entre os seres humanos.
Ao pensarmos as práticas educativas que compões o currículo escolar, as questões sociais, culturais e do desenvolvimento cognitivo e psicológico do indivíduo devem ser considerados. Pensar que tipo de indivíduo estamos formando e por consequência em que sociedade idealizamos é o ponto principal desta reflexão. O produto final, assim como o seu processo de produção deve ser repensado para que a escola possa cumprir o seu papel de forma satisfatória.

Tecnologia Educacional


Na atualidade somos uma grande aldeia global, interligados instantaneamente ao mundo virtual, nossos jovens e crianças tem ao toque de seus dedos a possibilidade de acesso a informações infinitas. Esta nova conjuntura exige que escolas e professores utilizem as tecnologias como ferramentas para promoção do ensino-aprendizagem e da cidadania, como afirmam Almeida e Prado (1999, p.1) :


"Hoje é consenso que as novas tecnologias de informação e comunicação podem potencializar a mudança do processo de ensino e de aprendizagem e que, os resultados promissores em termos de avanços educacionais relacionam-se diretamente com a ideia do uso da tecnologia a serviço da emancipação humana, do desenvolvimento da criatividade, da autocrítica, da autonomia e da liberdade responsável."

Sendo consciente desta realidade o poder público junto a educação, implementa programas de incentivo a utilização  de tecnologia nas escolas; que tem como objetivo oportunizar aos alunos  através de  equipamentos como computadores a estarem mais integrados nesse mundo virtual. Também propicia aos professores a se modernizarem quanto aos seus métodos de ensino-aprendizagem, através de meios e soluções propiciados pelas tecnologias da informação.

          Resultado de imagem para desenho de um computador

Avaliação na Educação

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96) determina que avaliação seja "contínua", sendo que os aspectos qualitativos são preponderantes sobre os quantitativos. De acordo com Hoffmann (2001,  p.18):


  Avaliar pra promover significa, assim, compreender a finalidade dessa prática a serviço da aprendizagem, da melhoria da ação pedagógica, visando à promoção moral e intelectual dos alunos. O professor assume o papel de investigador, de esclarecedor, de organizador de experiências significativas de aprendizagem. Seu compromisso é o de agir refletidamente, criando e recriando alternativas pedagógicas adequadas a partir da melhor observação do conjunto e promovendo sempre ações interativas.


 A concepção do professor sobre a função da avaliação implica nos modos de avaliar, nos instrumentos a serem utilizados e na forma de lidar com os resultados obtidos pelo aluno. Portanto, compete ao professor ter clareza que a avaliação somente terá sentido nos processos e ensino e de aprendizagem se ela tiver a conotação de diagnóstico do desempenho de cada aluno. Cada aluno precisa ser considerado na sua individualidade e, de sta forma, não há porque classificar e rotular os alunos a partir de comparativos.
Neste  contexto, apontamos a avaliação como um processo contínuo e formativo em todas as etapas e modalidades da educação básica, onde serão dispostos diferentes mecanismos que irão corroborar para que se efetive a avaliação a serviço da aprendizagem. A avaliação realizada internamente pela escola, a qual busca diagnosticar o processo de construção da aprendizagem de cada turma, aluno ou ano (série), constitui-se como a principal avaliação, pois permite prever ações ao longo do ano letivo para que o aluno desenvolva a aprendizagem esperada para o ano ou bloco pedagógico ao qual frequenta. Diante de uma perspectiva formatura e de processo, a avaliação deve servir para: diagnosticar o que o aluno sabe, como ele aprende e suas dificuldades na aprendizagem, oportunizar a adequação das práticas pedagógicas; estabelecer metas de aprendizagem e traçar estratégias.