A partir desta oficina de produção textual que tivemos no "Pead" nessa segunda-feira, pude refletir como isso se tem trabalhado nas escolas e concluí que até então o ensino de produção de texto (ou redação) era feito por meio de um procedimento único e global,como se todos os tipos de texto fossem iguais e não apresentassem determinadas dificuldades e,por isso, não exigissem aprendizagens específicas.
A fórmula tradicional de ensino de redação por exemplo(ainda hoje muito praticada nas escolas) que consiste fundamentalmente em desenvolver a trilogia da narração,descrição e dissertação,tem por base uma concepção "beletrista", voltada essencialmente para duas finalidades: a formação de escritores literários(caso o aluno se aprimore nos dois tipos de textos iniciais) e a formação de cientistas (caso o aluno se destaque na terceira modalidade).
Além disso,essa concepção guarda em si uma visão equivocada de que narrar e descrever são ações mais "fáceis"do que dissertar,ou mais adequadas a certa faixa etária,razão pela qual a dissertação tem sido reservada aos anos finais(tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio) como se narrar e descrever fossem pré-requisitos para a produção de um bom texto dissertativo.
Então contrariando essa visão linear-de que só se começa um assunto novo quando se esgotou o assunto anterior,ou de que o supostamente fácil deve preceder o difícil -, o ensino de produção de texto pela perspectiva dos gêneros compreende que o resultado é mais satisfatório quando se põe o aluno desde cedo,em contato com uma verdadeira diversidade textual,ou seja,com diferentes gêneros textuais que circulam socialmente,inclusive aqueles que expressam opinião.Além disso,compreende também que a aprendizagem deva se dar em espiral,isto é,que os gêneros devam ser periodicamente retomados ,aprofundados e ampliados,de acordo com a fase de aprendizagem,com o grau de maturidade dos alunos,com suas habilidades linguísticas e com a área temática de seu interesse.
terça-feira, 19 de setembro de 2017
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
Sobre as Redes sociais e seus Impactos na atualidade
Após assistir ao Vídeo "O impacto das redes sociais na
vida das pessoas" de Leandro Karnal cheguei ao seguinte pensamento:
Sabemos que hoje em dia há um
choque de gerações e que muitas escolas ainda parecem estar paradas no tempo.
Escolas que atendem alunos no século 21, mas preservam uma estrutura do século
18, ainda voltada para a cultura do silêncio com aulas expositivas que não
motivam trocas. Os alunos de hoje estão acostumados a dar sua opinião em
qualquer situação (e especialmente nas redes sociais), interagir o tempo todo
com conhecidos e estranhos, é algo rotineiro. O historiador mesmo no vídeo diz:
"A característica do déficit de atenção é a novidade." Logo professor
deve saber lidar com essa evolução, na vida e em sala de aula. Vejo que as
pessoas não sabem lidar com as informações que a rede disponibiliza, pois elas
podem ser um veneno ou cura para humanidade. As mídias são tipo um poder, que
estão ao alcance de todos, mas que se não utilizada de maneira correta torna-se
um perigo.
Esse mundo líquido que nos
encontramos atualmente se deve a evolução da nossa espécie, as coisas precisam
mudar isso é um fato, nada é como na era de Paulo Freire, tudo muda e resistir
a isso é inevitável. O que se pode fazer é adaptar-se a essas mudanças tentando
melhora-as.
Se a internet deu voz aos idiotas,
os idiotas hoje são os que mais dominam o mundo virtual com seus MEMES e criatividade.
Acho até que qualquer dia o hino brasileiro fica assim: “Nossos MEMES têm mais
vida!" Nada contra os Lemesos acho criativos e pode-se aprender muita
coisa deles.
O historiador não deixa de ter razão,
mas ele sabe que a geração YES do imediatismo não para e que ela é constante. A
maneira como funciona o pensamento humano atualmente mudou, a peneira que antes
existia hoje não existe mais, hoje tudo passa muito rápido. Tem que pensar em
um jeito, de colocar um controle nisso sem privar esses avanços da humanidade.
terça-feira, 12 de setembro de 2017
Retrospectiva Histórica da Pessoas com Necessidades Especiais
Ao analisar
historicamente como as diferenças se constituíram no mundo, é possível
compreender os estigmas, preconceitos e o desconhecimento também historicamente
escritos pela sociedade. A visão antagônica que qualifica os portadores de
necessidades especiais como uma estrutura infra ou supra-humana teve sua gênese
no reconhecimento de mundo das diferentes épocas e povos e, sob esse enfoque,
constituíram-se também paradigmas de atendimentos no campo da educação.
Todo esse movimento
histórico até agora nos deu base para serem realizados novos estudos nas áreas
das ciências humanas, jurídicas, da saúde e tecnológica. Foi a partir do século
XX, que se começou a perceber o homem como um ser único e que na sua origem tem
o direito essencial de ser diferente dos demais. Os traços dessas diferenças
podem ser percebidos nos subsídios afetivos, estéticos, físicos, sexuais, linguísticos,
culturais e cognitivos, que cada sujeito constrói em si e no outro através da linguagem,
seja ele portador ou não de alguma deficiência.
Infelizmente a sociedade
assimila aos poucos que a pessoa com necessidades especiais apresenta
dificuldades inerentes aos seres humanos e não somente em razão de sua
deficiência orgânica. A sociedade deveria se preparar mais para receber,
oportunizar e respeitar a diversidade, as pessoas com necessidades especiais
devem ter todos os seus direitos assegurados, uma vez que transitam por
diferentes setores da sociedade, inclusive aos bens de consumo.
Acredito que uma
sociedade que consegue reconhecer e viver harmoniosamente com as várias
experiências humanas, configura-se como uma sociedade inclusiva. A limitação do
sujeito especial em alguns aspectos, não representa a limitação do seu direito.
Sabem qual o absurdo
disso tudo? É que a maioria das pessoas ditas "normais" não para para
pensar como se sente uma pessoa quando o mundo não a reconhece como um humano,
o seu modo de falar, de se expressar, de andar, de se locomover, de ver ou de
não ver. Que tipo de olhar somos capazes de enviar a alguém quando notamos, em
qualquer parte de seu corpo, algo que imediatamente desencadeia em nossas
mentes um processo para ressignificá-lo, para rever seu valor humano e, na sequência,
atribuir-lhe um valor de "menos humano"?
Pode ser uma prótese no
lugar do olho, um braço que não existe mais, a mancha grande e cabeluda na face.
O quanto revela de nós esse olhar, ao outro, que ao mesmo tempo é analítico,
julgador e envergonhado? Envergonhado porque tenta apagar os vestígios do
obscuro ritual que se passa no íntimo. Não que esse processo de avaliar quem é
mais humano ou menos humano, mais normal, menos normal, seja consciente, mas o
constrangimento que ele naturalmente gera, sim. O constrangimento reflete uma
verdade pouco nobre e bem escondida: somos educados para acreditar que existe
uma hierarquia entre condições humanas.
Pensando muito a fundo
sobre isso, me vem os seguintes questionamentos na cabeça:
-Seríamos então um
composto de percentuais variados de humanidade e devemos lidar com essa
informação sem traumas?
-Os nenês nascidos com
síndromes genéticas são menos humanos do que outros cujos cromossomos estão em
número e tamanho "corretos"?
-Alguém sem pernas é 60%
humano?
Atenta aqui e só
observando e esse assunto está longe de ser uma abstração.
Sou Ser Humano, sou Inexato
Baseado na proposta da aula do Seminário Integrador deste semestre que inicia, trago este vídeo que me chamou atenção com a música: De toda Cor, do cantor Renato Luciano.Através dele podemos compreender que toda forma de existência, deve ser respeitada e compreendida e que o pré- conceito sobre tudo sempre existirá, mas que isso não deve de nos impedir de compreender a diversidade que existe no mundo.
Para quem ama, as diferenças são importantes?Essa é uma pergunta que devemos como professores tentar responder junto aos alunos, fazendo-os pensar a respeito desse problema social que ainda afeta nossa sociedade.
Segue abaixo o link da música.
https://www.youtube.com/watch?v=FTU5NYUxZ14
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