domingo, 29 de outubro de 2017

Ilustração do quadro educacional da inclusão atual

A partir deste meu desenho pode-se ver como acontece o ato educacional das pessoas com deficiência.

Legenda:

  • pontos quadrados=as pessoas ditas normais
  • círculo grande =sistema escolar regular
  • círculo pequeno=sistema escolar especial
A inclusão tem que buscar escapar dessa dictomia,essa categorização de separar alunos com ou sem deficiência,com ou sem distúrbios,com e sem necessidades especiais.A única abordagem educacional que deveria existir é de que exitem apenas crianças e adolescentes que compõem a comunidade escolar e que apresentam as necessidades mais variadas.Sabe-se que alguns desses alunos apresentam algumas necessidades diferenciadas dos demais,singulares que demandam metodologias e procedimentos pedagógicos apropriados,para que seu processo de aprendizagem não seja prejudicado.
Entendendo isso a inclusão acontece de maneira natural.





A formação das questões éticas,morais e a autonomia

Muito se fala nos textos  de Piaget sobre a anomia,heteronomia  e a autonomia da criança.Baseado no que li nos textos disponibilizados no moddle, sobre a interdisciplina de psicologia,. pude fazer uma associação dela com a inter de filosofia. Pois a mesma aborda o assunto de ética e moral.
Na filosofia a autonomia está totalmente ligada as questões morais e éticas, Gandhi fala sobre a capacidade de nós agirmos de acordo com as nossas convicções.É uma postura ética fazer o certo porque minha razão diz  que é certo fazer aquilo,mas isso se constrói passando pelo desenvolvimento da anomia e heteronomia.Pensando nisso: Pode-se dizer que a anomia e a heteronomia convivem,ou que com o surgimento da autonomia ambas desaparecem ao longo do tempo?Bom elas não desaparecem e sim elas convivem,porque não somos donos da razão nunca e estamos sempre em um processo de aprendizagem onde nossas posturas e ações são influenciados por terceiros.
O que talvez possa acontecer é de aparecer muito pouco a anomia,mas tanto ela e a heteronomia não deixam de existir.A anomia por exemplo surge novamente quando estamos em situações de indignação,frustração,impulsividade etc.


https://moodle.ufrgs.br/course/view.php?id=46351

https://moodle.ufrgs.br/course/view.php?id=46338

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

As aprendizagens da Psicologia

Como tem origem e como evolui o conhecimento? Essa é uma das perguntas que os fundamentos da teoria Piagetiana nos faz, preocupa filósofos de todos os tempos e é explicada por diferentes autores.
O texto de Tânia Beatriz Marques, nos mostra que Piaget utilizava um método clínico que era através da observação, que o pesquisador explica como se desenvolve o processo de aprendizagem; como isso é construído através do tempo e se transforma a cada etapa.
No Desenvolvimento da aprendizagem por Piaget, o pesquisador analisou por mais de 50 anos o psiquismo infantil, concluiu que cada criança constrói, ao longo do processo de desenvolvimento, o seu próprio modelo de mundo. As chaves principais desse desenvolvimento que nos mostra são então:
1) A própria ação do sujeito
2) O modo pelo qual isto se converte num processo de construção interna, ou seja, de formação de dentro de sua mente de uma estrutura em contínua expansão, que corresponde ao mundo exterior.
Piaget mostra com sua teoria que desde o princípio, a própria criança exerce controle sobre a obtenção e organização de sua experiência do mundo exterior. Ela acompanha com os olhos os objetos, seu olhar explora em torno, volta a cabeça; com as mãos agarra, solta, joga, empurra; explora com os olhos e mãos alternadamente, cheira leva à boca e prova, etc.
Estas ações, inicialmente puras formas de exploração do mundo aos poucos se integram em esquemas psíquicos ou modelos elaborados pela criança. Um esquema seria um padrão de comportamento ou uma ação que se desenvolve com uma certa organização e que consiste num modo de abordar a realidade e conhece-la.
O autor Lino De Maceno nos fala sobre o construtivismo e sua função educacional, nos fazendo refletir que existe o construtivismo e o não construtivismo. O verdadeiro construtivismo valoriza a ação do sujeito e o não construtivismo, o formal, é visto em cartilhas.
No vídeo de Yves De La Taille, a psicologia do desenvolvimento é explicada através do tempo e que a interferência no mesmo é prejudicial. Também o autor defende as etapas que se desenvolvem através do mesmo e que assim tudo se transforma. Ele explica sobre a embriogênese ao qual Piaget intitula de: construção do cérebro humano.
Então por esta linha de raciocínio há uma explicação biológica para a construção das capacidades humanas.
No vídeo da aprendizagem do desenvolvimento escolar por José Antônio Castorina o autor nos fala sobre a psicologia, a genética e como isso está interligado com a educação. Ele defende a tese de que a recuperação da psicologia genética está ligada ao estudo da dinâmica construtiva, dentro da sala de aula. Faz uma análise a relação entre as representações sociais e os conhecimentos individuais.
Afirma que a psicologia genética investiga três saberes: o individual, o escolar e as representações sociais.
Fernando Becker sobre o mesmo assunto, acredita na teoria piagetiana e que o processo de aprendizagem é evolutivo. Que o modo clássico de intervenção do professor consiste em explicar como fazer cada cálculo, como resolver um dado problema e também em dizer “está certo” ou “está errado”. Procedimentos contrariam uma tese da psicologia genética, que consiste em contribuir um papel primordial à atividade do sujeito no processo do seu próprio conhecimento.

Becker é a favor de uma escola onde o aprendizado é tateado, descoberto, investigador; laboratorial, experiencial e não informacional diretivo. É a favor da teoria piagetiana que propõe uma atitude própria do método clínico e repudia a intervenção do adulto que apressa etapas. Em seus dois últimos vídeos, nos dá ideia de que deixar os alunos descobrir respostas por si, pode contribuir para uma aprendizagem significativa.

Inclusão

Ainda estamos em busca de um novo tempo, no qual nós possamos ter lucidez suficiente para refletir sobre as nossas absurdas formas de pensar a espécie à qual pertencemos.
Devemos ter um olhar atencioso para pessoas de inclusão, valorizarmos as diferenças porque a heterogeneidade existe, em sala de aula e fora dela.
Na escola onde trabalhei dois anos, fizemos um projeto chamado Diversidade que abrangia a inclusão também. O objetivo do projeto era incluir o sujeito dentro de suas especificidades e necessidades, compreendendo-o como um ser humano único, com construções pessoais e também singulares. Era enfatizado que se devia ter respeito pela individualidade de cada um e entender suas carências e potencialidades.
A sociedade contemporânea tem que se aperfeiçoar mais para receber, oportunizar respeitar a diversidade e era isso que o projeto da minha escola fazia trabalhando com esse projeto, que ajudava futuros cidadãos a compreenderam isso.
A escola que pretende ser inclusiva não pode ter campos demarcados, do tipo aqui estão os alunos “normais” e ali os “especiais” ou os “incluídos”, como se escuta com frequência. Deve ser uma instituição de ensino aberta a diversidade sem preconceitos e sem crocodilos, para com a comunidade fazer um trabalho de conscientização crescente sobre o assunto.
Desenvolvemos ao longo do tempo o preconceito de que a pessoa é incapaz de ter uma autonomia, de decidir as coisas por ela mesma. Subestimamos sua capacidade de pensar e raciocinar sobre algo, porque a mantemos como vítima ou “coitadinha”.
Um mecanismo defesa que muitos professores possuem, é dizer que não tem formação no assunto e que não estão capacitados para trabalhar com o aluno em questão, por medo do novo. Mas é de se pensar por exemplo na história do filme Ray (2004), onde o pianista perde a visão aos sete anos de idade e sua mãe sem muitas condições de dar um suporte necessário, o ensina muitas coisas das quais ele levaria para vida inteira.
Então logo vem um pensamento: Se uma mãe sem instrução nenhuma consegue tal façanha, porque um professor não conseguiria? Visto que hoje em dia temos muita informação e suporte. A diferença está que a mãe acreditava na capacidade do filho e dela mesma para ensinar, o que fosse necessário ele. Já nas escolas, o que observo é que professores duvidam da própria capacidade de lidar com o assunto.
Toda pessoa tem capacidade de aprender algo, a autonomia de todos está sempre em construção, só que cada um tem seu tempo para evoluir. Deve-se respeitar o tempo de todos e não inferiorizar, fazendo uma pessoa se sentir incapaz de realizar algo.