Achei interessante um filme
que assisti recentemente e que foi de encontro ao texto lido que a interdisciplina de Corporeidade nos disponibilizou para lermos.O assunto do texto tem como exemplo o filme: AI inteligência artificial e nos fazer compreender que o nosso cérebro é de uma complexidade imensa.
O filme que eu disse que assisti no início, foi TAU, que conta a história de um cientista chamado
Alex, que está trabalhando em um projeto há bastante tempo. O projeto consiste
em avaliar o desempenho intelectual de humanos para aprimorar um sistema de
inteligência artificial que promete mudar um mundo com a criação de robôs nunca
antes vistos. Para alcançar tal objetivo, Alex sequestra pessoas para
participar de uma série de experimentos desumanos. Umas das cobaias é Júlia,
uma jovem que vive na periferia e ganha a vida roubando objetos de homens em
festas e revendendo para sua superior. Em uma noite comum, Júlia é surpreendida
em casa e apagada. A garota acorda já no laboratório de Alex. Como um cientista
muito brilhante que é Alex programador do TAU, um sistema muito avançado de
inteligência artificial. TAU tem uma série de funções, que vão desde limpar e
organizar a casa até matar qualquer um que ameace a segurança do sistema. Para
fugir de tal situação, Julia teve que aprender a lidar com tamanha inteligência
para talvez ter uma chance de vencê-la.
O filme traz uma história um pouco diferente
do convencional, mas acredito que o objetivo maior do filme seja trazer
reflexões acerca da vida, a essência de nossa existência e a consequência de
nossas escolhas. Com tom muito reflexivo, TAU mostra-se uma representação do
ser humano em seu estado de prisão. Apesar de comandar a casa e todas as
funções de seu criador Alex, TAU vive preso, sendo incapaz de decidir e
realizar suas próprias vontades.
Julia
personagem do filme era submetida a vários testes para estimular o cerebelo e
assim dar respostas ao projeto de inteligência artificial e com o tempo ela
consegue um vínculo com o programa, pois o mesmo começa a questionar coisas/
situações das quais não compreende, como por exemplo: o que é ser uma pessoa? O
que é falar baixo? O que é rir? Etc. O mesmo não conhece o mundo do lado de
fora e nessa parte do filme onde ele começa a fazer muitas perguntas, me
lembrei na hora de uma situação do cotidiano escola: uma criança na fase dos
seus “porquês” pois assim como o TAU do filme quer saber de tudo mesmo a moça
não tendo todas as respostas; a criança também procura respostas para suas
perguntas. Então através do diálogo com Júlia a inteligência artificial começa
a tomar consciência de que pode fazer escolhas. Pinker no texto fala que “o que
nos diferencia de grande parte dos seres vivos é a nossa capacidade de
desenvolvimento transformacional das informações que se recebe”. Baseada nessa
afirmação vejo que todo estímulo que a criança recebe, gera uma reação ao qual
resulta em uma transformação.
Seres
humanos estão à frente de uma inteligência artificial por causa de sua
consciência, chamada também de inteligência forte e porque ainda há coisas que
são insubstituíveis como por exemplo o real contato humano, principalmente
entre professor e aluno-pedagogicamente falando. É através desse contato que
muitas aprendizagens ocorrem.
Referências:
Corporeidade: Uma
complexa trama transdisciplinar. In GONÇALVES;
C.J.S. Corporeidade. Revisão do Conceito. Tese de Doutorado. UNIMEP. 2005
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