Muitas
trocas acontecem durante as reuniões pedagógicas nas escolas, no meio delas
professores trocam experiências e manifestam seus desagrados com o intuito de
tentar entender e achar respostas para os problemas que afetam o ensino
aprendizagem.
O
grande desafio da maioria é tornar suas aulas interessantes e atrativas para
seus alunos, que muitas vezes se dispersam, porque o mundo oferece a eles um
leque de opções bem mais interessantes que a sala de aula.
O
professor precisa aperfeiçoar sua didática em sala para trazer para os alunos
para esse universo do aprender, na maioria das vezes não é nem o aluno o maior
desafio e sim a escola e o professor que estão enraizados, engessados em um
ensino antiquado se negando a evoluir junto com os seus alunos.
Tornar
as aulas mais prazerosas, não limitar-se a grade curricular grade é o caminho para uma educação mais eficaz.
Becker
em seus modelos epistemológicos acredita que a aprendizagem é um processo
evolutivo, que está mais além do que é “certo” ou “errado”. Que o mesmo deve
ser investigado, com o aluno ativo tendo como principal protagonista o próprio
aluno. Nada se copia tudo se constrói.
Na
realidade o que se vê é professores conteudistas, mais preocupados em passar
informações do que realmente ensinar o aluno a pensar.
Becker
repudia esse tipo de método de ensino porque para ele “é a ação que dá
significado as coisas.”.
A
escola democrática está ligada diretamente com a pedagogia libertária na
educação, o professor precisa ser um mediador no conhecimento. Incentivando
seus alunos e os estimulando para despertar sua curiosidade.
Não
podemos negar que o conhecimento formal também se faz importante, mas ele deve
ser uma consequência do que se é aprendido. Ler e escrever é algo importante,
mas o como isso é desenvolvido nos alunos e adquirido por eles é mais.
O
construtivismo explica os processos de desenvolvimento e aprendizagem como
resultados da ação entre o homem e o ambiente em que ele vive. Os resultados
disso gera aprendizado que afeta todo seu meio.
Por
isso se diz que o construtivismo da ênfase na descoberta do conhecimento a
partir da atividade de ação, visto que o mesmo é adquirido a partir da
realidade deste.
Seguir
o sistema padrão do que se é pedido muitas vezes é desanimador para maioria dos
professores, sabemos que ensinar é uma coisa útil e estudar é algo necessário,
mas essa norma forçada de ditar quem passa de ano, quem sabe mais e a
classificação é algo que não é justo e a escola tem que ser justa para todos.
“As escolas democráticas estão inseridas”
dentro de uma linha chamada de pedagogia libertária que se caracteriza por
abordar a questão pedagógica diante de uma perspectiva baseada na liberdade e
igualdade, eliminando as relações autoritárias, presentes no modelo educacional
tradicional. (Rosinei Tosto)
A música Another Brick In Wall- Pink Floyd nos
exemplifica como o ensino de antigamente era voltado para formar cidadãos
trabalhadores e não serem pensantes e autocríticos. Por mais que a escola
queira deixar esta imagem tradicionalista, o governo tenta reter de qualquer
maneira qualquer tipo de mudança, que a rede de ensino faça.
A
um grande interesse político nisso porque o governo nunca quis que a escola gerasse
cidadãos ativos. Isso afetaria as massas, pois para o rico existir o pobre
precisa estar no lugar dele; aí que o quadro sócio econômico é feito para que
essa hierarquia seja respeitada de acordo com o governo.
Muito
se fala que a diferença de cultura é que faz um país ter sucesso em sua
educação, o que acaba por deixar morrer a pedagogia libertária na escola.
Muitos
se acomodam nessa ideia e mantém o tradicionalismo, que por sua vez é seguida
de um autoritarismo.
A escola deveria ser um lugar transbordante de
alegria, que a força do amor superasse a lógica. Onde o aluno fosse o mais
importante, fosse o foco das atenções e que os professores crescessem
conjuntamente com os alunos construindo assim uma história. Onde alunos mais
que instruídos, saíssem como pessoas em plenitude; vivendo aprendendo a serem
felizes. Uma escola sem distinções de classes sociais, onde nem se
classificassem os alunos.
Uma
escola democrática é feita com a ajuda de um PPP onde professores,
funcionários, comunidade, equipe diretiva e alunos estão engajados nas tomadas
de decisões para contribuir com uma escola melhor e mais aberta para todos.
Atitudes
e pensamentos como o do diretor Antúrnio, que na cena se preocupa mais com a
indisciplina dos alunos e que impõe regras e normas dificultam avanços no
ensino.
O
papel do diretor é muito importante para a escola porque é ele que conduz e
direciona o trabalho dos professores, entende-se que uma escola bem liderada e
com professores empenhados ajudam melhor seus alunos e que estes sentem prazer
de estarem na escola por causa dessa organização e motivação dos mesmos.
Concluído
tudo isso entendemos que pela linha do tempo a escola teve seus avanços, mas
que precisa melhorar e lutar para continuar progredindo.
Referência:
BECKER, Fernando. Educação e Construção do Conhecimento, 2º Edição,
Porto Alegre, Penso, 2012
MACEDO, Lino de. O Construtivismo e sua função educacional. Educação
e Realidade, Porto Alegre, p.25-31, 01 jun. 1993. 18(1). Disponível em:
https://www.ufrgs.br/psicoeduc/piaget/o-construtivismo-e-sua-funcao-educacional.
Acesso em: 14/ abril / 2018.
TOSTO, Rosanei.
Escolas Democráticas Utopias ou Realidade. Revista Pandora Brasil, ISSN
2175-3318. v. 4. 2011. Disponível em:
<http://docplayer.com.br/7270548-Escolas-democraticas-utopia-ou-realidade.html>.
Acesso em: 10 abr. 2018.
VARELA, Julia;
URIA, A, Fernando. A Maquinaria Escolar. Teoria & Educação, São
Paulo, n. 6, p.68-96, 1992. Disponível em:
<https://pt.scribd.com/doc/70553618/Julia-Varela-e-Fernando-Alvarez-Uria-Maquinaria-Escolar-1>.
Acesso em: 10 abr. 2018.
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