O desenvolvimento da comunicação oral envolve os
sentidos, os músculos orofaciais e as experiências da criança com as coisas e
as pessoas
Com minhas turmas de terceiro ano praticava diariamente
a leitura em voz alta, em forma de jogral. Era escolhido um texto, não muito
longo e a classe era dividia em duas partes: meninos de um lado e meninas de
outro. Após todos faziam a leitura em conjunto.
Era muito divertido e ajudava os mais tímidos a
participarem, uns ajudavam os outros não tinham quem ficasse excluído da
atividade.
Já com os pequenos (Maternais II no caso) o brincar de
faz-de-conta (representando rotinas do cotidiano ou contos de fadas) era uma
atividade que os atraía e muito porque simulavam o que vivenciavam ou o que
assistiam na televisão.
Essas brincadeiras aconteciam na roda de conversa, a
gente fazia pequenos grupos e os alunos simulavam em forma de teatro como
chegavam e com quem chegavam na escola. Conforme eram interrogados, faziam um
pequeno teatro de como era a rotina deles, gostavam de se expressar contando
até o que faziam quando chegavam da escola.
A imitação era muito presente também, porque falavam
exatamente como os pais falavam. Podia se perceber através das falas, umas eram
“chulas” e outras mais refinadas nos fazendo entender os diferentes tipos de
vocabulários trazidos de casa.
Conforme pude observar sobre esses relatos cheguei à
conclusão que tanto Piaget quanto Vygotsky se
complementavam em suas teorias, pelo simples fato que a aquisição da linguagem
está sempre em processo de construção e que a cada dia surge uma nova maneira
de nós modificarmos no quesito comunicação/linguagem.
Se para Piaget existe um único processo de
aprendizagem, para Vygotsky a inteligência é necessária para ela
acontecer. Seguindo essa linha de raciocínio, tudo serve de estímulo para nossa
inteligência, o cérebro parado atrofia logo ele é como um músculo ao qual também precisa
ser exercitado.
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