quinta-feira, 21 de junho de 2018

Globalização e Interdisciplinariedade


“Uma pessoa educada é a que assimilou, que interiorizou, em suma, que aprendeu, o conjunto de conceitos, explicações, habilidade, práticas e valores que caracterizam uma determinada cultura, sendo capaz de interagir de forma adaptada com o ambiente físico e social no seio da mesma” (CALFEE,1981)

No texto de abertura, Hilton Japiassu nos fala da compartimentalização dos saberes e da importância do trabalho integrado. De que modo vocês relacionam estas questões com a “Fragmentação dos processos de produção (Taylorismo & Fordismo) e da cultura escolar” e “As novas necessidades das economias de produção flexível” expostas por Santomé?
Já no texto de abertura é possível refletir sobre a fragmentação dos saberes e como esta refletirá na constituição das aprendizagens do educando e por fim na formação cultural da sociedade de forma em geral. Na leitura referente a globalização e interdisciplinaridade  podemos vincular as ações sociais dos processos de produção com os mecanismos pedagógicos da educação, diferenciando as duas fortes correntes curriculares presentes na educação atual, por um lado aqueles que fundamentam com um resultado de um processo de desenvolvimento em grande parte interno da pessoa, e outro que concebem como o resultado de um processo de aprendizagem, em grande parte externo a pessoa, diferenciando assim as práticas pedagógicas que o embasam.
Quando pensamos em currículo temos que entender que ele tem como função principal criar uma identidade, subjetividade –opinião- conhecimento. Sua natureza epistemológica é social, não nos deixando esquecer o aspecto político. A finalidade primordial do currículo é promover o desenvolvimento o desenvolvimento do ser humano, a divergência está em como se dá este crescimento e quais ações pedagógicas promovem este crescimento. ”Um currículo é uma tentativa de comunicar os princípios e características essenciais de um propósito educativo, de tal forma que permaneça aberto à discussão crítica e possa ser efetivamente transladado a prática” (STENHOUSE,1984, p.29).
É certo dizer que o homem é um ser social, ou seja, culturalmente organizado. Por isso, a relação das movimentações sociais com os processos educativos.
Ao ler sobre o fordismo (método de produção idealizado por Henri Ford), não pudemos deixar de lado nossa reflexão sobre como as escolas, tentam derrubar o capitalismo há séculos e não conseguem, porque as mesmas dependem do capitalismo para tentar derrubar a ele. Se o fordismo era forte na época era por conta da própria sociedade, que em sua maioria o alimentava. No fordismo, temos o modelo de uma indústria de produção em massa, grande quantidade de produtos idênticos, onde cada operário deve fazer seus movimentos mecânicos de forma desvinculada do todo, sem muito esforço cognitivo e de relação com o meio ou seus pares. Essa é a ideia de um currículo baseado no apriorismo, ou seja, a aprendizagem subordina-se ao desenvolvimento, sem muita construção de aprendizagem ou interação.
Diferente de hoje que ainda lutamos contra o mundo capitalista, antigamente combater o capitalismo era ir contra um sistema ao qual não existia seres pensantes e sim massa de manobra.
Teorias críticas após um tempo foram criadas com base no Marxismo e escola e sociedade passaram a serem os culpados por esta onda de transformações, que atingia a indústria cultural, o ensino, a ideologia, reprodução cultural/social, poder, capitalismo; relações de trabalho da época.
Depois de um tempo surgiu as ideias pós-críticas, que a esses se davam em grupos sociais tornando-se assim a democracia uma maneira onde se obtinha na escola identidade, alteridade, o respeito as diferenças, a subjetividade e principalmente o saber, que era um poder negado a sociedade. Sujeitos que antes eram desinformados, passaram a buscar informações e com pensamentos reflexivos, que antes eram podados.
A teoria toyotista (método de produção idealizado por Taichi Ohno, dono da fábrica Toyta) de produção, traz a individualidade de seus produtos, a participação e contribuição de seus operários, buscando a qualidade e o “defeito zero”, ou seja, pensando na qualidade geral do todo. Assim se concebe um currículo baseado na interação e na construção das aprendizagens por parte do indivíduo. Antes o que importava era o produto final (nota) e não o processo de produção (busca e processos de construção das aprendizagens).
O que percebemos hoje em dia, é que o multiculturalismo está em choque com a homogeneização cultural, que nada mais é que uma tendência econômica como globalização, mídia e capitalismo envolvidos. Assim para que o multiculturalismo crítico possa funcionar, o diálogo é fundamental para eliminação das desconfianças entre povos e culturas diferentes. A escola nessa parte precisa buscar mais práticas, ações para trabalhar isso. É preciso trabalhar etnia e não raça, raça é um termo pejorativo de dizer que algo é melhor que o outro, já etnia representa traços culturais e biológicos típicos de cada região do mundo.
Para o Etnocentrismo não ser uma doença no nosso mundo precisamos que o relativismo cultural seja ensinado nas escolas. Compreender as diferenças mesmo não estando de acordo com algumas culturas, é o primeiro passo para o respeito entre os seres humanos.
Ao pensarmos as práticas educativas que compões o currículo escolar, as questões sociais, culturais e do desenvolvimento cognitivo e psicológico do indivíduo devem ser considerados. Pensar que tipo de indivíduo estamos formando e por consequência em que sociedade idealizamos é o ponto principal desta reflexão. O produto final, assim como o seu processo de produção deve ser repensado para que a escola possa cumprir o seu papel de forma satisfatória.

Tecnologia Educacional


Na atualidade somos uma grande aldeia global, interligados instantaneamente ao mundo virtual, nossos jovens e crianças tem ao toque de seus dedos a possibilidade de acesso a informações infinitas. Esta nova conjuntura exige que escolas e professores utilizem as tecnologias como ferramentas para promoção do ensino-aprendizagem e da cidadania, como afirmam Almeida e Prado (1999, p.1) :


"Hoje é consenso que as novas tecnologias de informação e comunicação podem potencializar a mudança do processo de ensino e de aprendizagem e que, os resultados promissores em termos de avanços educacionais relacionam-se diretamente com a ideia do uso da tecnologia a serviço da emancipação humana, do desenvolvimento da criatividade, da autocrítica, da autonomia e da liberdade responsável."

Sendo consciente desta realidade o poder público junto a educação, implementa programas de incentivo a utilização  de tecnologia nas escolas; que tem como objetivo oportunizar aos alunos  através de  equipamentos como computadores a estarem mais integrados nesse mundo virtual. Também propicia aos professores a se modernizarem quanto aos seus métodos de ensino-aprendizagem, através de meios e soluções propiciados pelas tecnologias da informação.

          Resultado de imagem para desenho de um computador

Avaliação na Educação

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96) determina que avaliação seja "contínua", sendo que os aspectos qualitativos são preponderantes sobre os quantitativos. De acordo com Hoffmann (2001,  p.18):


  Avaliar pra promover significa, assim, compreender a finalidade dessa prática a serviço da aprendizagem, da melhoria da ação pedagógica, visando à promoção moral e intelectual dos alunos. O professor assume o papel de investigador, de esclarecedor, de organizador de experiências significativas de aprendizagem. Seu compromisso é o de agir refletidamente, criando e recriando alternativas pedagógicas adequadas a partir da melhor observação do conjunto e promovendo sempre ações interativas.


 A concepção do professor sobre a função da avaliação implica nos modos de avaliar, nos instrumentos a serem utilizados e na forma de lidar com os resultados obtidos pelo aluno. Portanto, compete ao professor ter clareza que a avaliação somente terá sentido nos processos e ensino e de aprendizagem se ela tiver a conotação de diagnóstico do desempenho de cada aluno. Cada aluno precisa ser considerado na sua individualidade e, de sta forma, não há porque classificar e rotular os alunos a partir de comparativos.
Neste  contexto, apontamos a avaliação como um processo contínuo e formativo em todas as etapas e modalidades da educação básica, onde serão dispostos diferentes mecanismos que irão corroborar para que se efetive a avaliação a serviço da aprendizagem. A avaliação realizada internamente pela escola, a qual busca diagnosticar o processo de construção da aprendizagem de cada turma, aluno ou ano (série), constitui-se como a principal avaliação, pois permite prever ações ao longo do ano letivo para que o aluno desenvolva a aprendizagem esperada para o ano ou bloco pedagógico ao qual frequenta. Diante de uma perspectiva formatura e de processo, a avaliação deve servir para: diagnosticar o que o aluno sabe, como ele aprende e suas dificuldades na aprendizagem, oportunizar a adequação das práticas pedagógicas; estabelecer metas de aprendizagem e traçar estratégias.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Reflexão sobre algumas das minhas práticas em sala, referente a Linguagem.


O desenvolvimento da comunicação oral envolve os sentidos, os músculos orofaciais e as experiências da criança com as coisas e as pessoas
Com minhas turmas de terceiro ano praticava diariamente a leitura em voz alta, em forma de jogral. Era escolhido um texto, não muito longo e a classe era dividia em duas partes: meninos de um lado e meninas de outro. Após todos faziam a leitura em conjunto.
Era muito divertido e ajudava os mais tímidos a participarem, uns ajudavam os outros não tinham quem ficasse excluído da atividade.
Já com os pequenos (Maternais II no caso) o brincar de faz-de-conta (representando rotinas do cotidiano ou contos de fadas) era uma atividade que os atraía e muito porque simulavam o que vivenciavam ou o que assistiam na televisão.
Essas brincadeiras aconteciam na roda de conversa, a gente fazia pequenos grupos e os alunos simulavam em forma de teatro como chegavam e com quem chegavam na escola. Conforme eram interrogados, faziam um pequeno teatro de como era a rotina deles, gostavam de se expressar contando até o que faziam quando chegavam da escola.
A imitação era muito presente também, porque falavam exatamente como os pais falavam. Podia se perceber através das falas, umas eram “chulas” e outras mais refinadas nos fazendo entender os diferentes tipos de vocabulários trazidos de casa.
Conforme pude observar sobre esses relatos cheguei à conclusão que tanto Piaget quanto Vygotsky   se complementavam em suas teorias, pelo simples fato que a aquisição da linguagem está sempre em processo de construção e que a cada dia surge uma nova maneira de nós modificarmos no quesito comunicação/linguagem.
Se para Piaget existe um único processo de aprendizagem, para Vygotsky a inteligência é necessária para ela acontecer. Seguindo essa linha de raciocínio, tudo serve de estímulo para nossa inteligência, o cérebro parado atrofia logo  ele é como um músculo ao qual também precisa ser exercitado. 



segunda-feira, 21 de maio de 2018

Aquisição da Linguagem teorias de Lev Vygotsky e Jean Piaget



Inicialmente o pensamento não é verbal e a linguagem não é intelectual. Em dado momento pensamento e linguagem até então, são processos distintos, se interligam. As palavras são descobertas e seus significados compreendidos. O pensamento se torna verbal e a linguagem racional, viabilizando assim o “intercâmbio social”.
Lev Vygotsky trabalhava em cima de três pilares:
1°Funções psicológicas possuem um suporte biológico a partir das atividades cerebrais.
2°Funcionamento psicológico desenvolve a partir das relações entre o indivíduo e o meio externo.
3°Relação entre homem e mundo-mediada por símbolos. Exemplo: Linguagem onde a criança tem uma apreensão maior e melhor da realidade, assim como na fala; leitura e escrita.
No pensamento elementar a criança é conduzida as ações, o nível de heteronomia está em alta, diferente do pensamento superior onde o comportamento é intencional sendo está a capacidade de a criança se auto direcionar sozinha.
Vygotsky criou um componente chamado Zona de Desenvolvimento Proximal, ao qual acreditava que o meio mediado por outro, dá ao indivíduo a experiência de aprendizagem.
   
A-----------------------------------B
    
Criança           ZDP                  Adulto
                          
                         ZDR- zona de desenvolvimento real, que é a capacidade do que a                                criança sabe no momento.
                           
                        ZDP- zona de desenvolvimento potencial, que é o que ela pode vir a fazer.



A frase: “O que a criança é capaz de fazer hoje com a ajuda de um adulto, ela saberá fazer futuramente sozinha. ”
Essa frase explica bem a zona proximal ao qual Vygotsky fala e essa é a maior dificuldade do professor hoje em dia também, fazer dar certo essa zona proximal com os alunos porque se ela não existe, o aluno não aprende, não se interessa pelas aulas.
Para Jean Piaget aprendizagem se dava por etapas e o cognitivo precedia o linguístico Ele acreditava que a criança tinha que se desenvolver completamente, interagindo com o meio e o objeto.
As etapas ao qual eram consideradas importantes por Piaget para aquisição da linguagem eram:
-Sensório Motor
-Pré Operatório
-Pré Operatório Concreto
-Pré Operatório Formal
O biólogo acreditava que a lógica de funcionamento mental da criança difere (qualitativamente) do funcionamento do adulto, por isso investigou como a lógica infantil amadurece se transformando em lógica do adulto.
Para Piaget se tem um único processo de aprendizagem, para Vygotsky a inteligência é necessária para aprendizagem.
Com base em todos esses estudos, é correto afirmar que existem vários processos que podem estimular a inteligência e levar a aprendizagem.


Referências





domingo, 6 de maio de 2018

Sobre a tendência da Nova Escola


Ao contrário da tendência tradicionalista de ensino, a escola nova prega e coloca o professor como facilitador da aprendizagem, como um orientador. Portanto, retira o professor do papel de destaque na relação ensino-aprendizagem e põe o aluno no centro.
O aluno, dessa forma, passa a ser visto como um sujeito ativo. Ele construirá seu conhecimento por meio da orientação do professor. Todos os atos da relação, desenvolvida entre professor e aluno, são pensados e realizados a partir da posição de destaque ocupada pelo aluno.
Os objetivos educacionais indicados pelo professor são traçados a partir do desenvolvimento psicológicos dos alunos, respeitando a evolução do processo ensino-aprendizagem pelo qual o mesmo está passando.
Dessa forma, com o respeito atribuído à evolução do desenvolvimento do aluno, ele auxiliará a eleger os conteúdos a serem orientados pelo professor. Pode-se dizer que o interesse dos alunos está diretamente ligado à seleção do conteúdo, isto é, como são os alunos que escolhem os conteúdos o interesse é maior.



ALFABETIZAÇÃO E EMPOWERMENT POLÍTICO


O texto de Henry Giroux, intitulado “Alfabetização e a pedagogia do empowerment político”, faz uma abordagem crítica sobre a importância da alfabetização, não apenas como uma instrumentalização técnica (limitando-se a uma questão meramente funcional), mas essencialmente como uma relação social de empoderamento e legitimação das possibilidades de vida, configurando-se como um forte campo de luta. Seria, assim, um meio de emancipação individual e coletiva, tanto em termos sociais, quanto culturais.
Essa visão trazida pelo autor se contrapõe à lógica neoliberal, que impõe uma perspectiva funcional à alfabetização, relacionada proximamente a interesses econômicos que objetivam a formação de bons trabalhadores. Essa mesma visão neoliberal se utiliza da lógica de alfabetização/anafalbetismo como marca para limitação de fortes padrões considerados culturalmente valiosos e importantes (que passam a ser os padrões das classes dominantes), em detrimento de padrões populares, considerados deficientes e impróprios. O empoderamento político defendido pro Giroux, em muito baseado em autores como Paulo Freire, apresenta uma perspectiva oposta, na qual a alfabetização também serve para que o trabalhador tenha condições de se contrapor ao sistema que o limita e o submete a uma posição de inferioridade, dando-lhe possibilidades de luta e de busca da liberdade, além de valorizar os seus próprios padrões culturais e sociais.
O autor defende, assim, a importância e necessidade de uma pedagogia emancipadora ligada à alfabetização, no sentido de desenvolver uma leitura crítica do mundo, que não se resume de forma nenhuma à decodificação de letras (ainda que possa se utilizar dela). Nesse contexto, a alfabetização passa a envolver quesitos culturais, sociais e políticos, que mirem as possibilidades de liberdade e de valorização individual e coletiva de padrões. Passa, por fim, pela reconstrução do sujeito como cidadão ativo em sua sociedade, repleto de deveres e direitos e conhecedor destes. Assim, o processo de alfabetização passaria, antes de qualquer coisa, pela possibilidade de ler o mundo e de ler a si mesmo como parte constituinte e fundamental deste, enquanto sujeito/cidadão ativo e participativo dentro de uma lógica democrática. Desenvolve-se, assim, uma linguagem própria, enquanto forma de entender e agir no contexto sócio-político que envolve o sujeito, a partir dos processos de alfabetização.
A escola se configura, nessa lógica, como um campo de conflitos de linguagens, na qual cada sujeito toma parte importante e se constitui, construindo campos fundamentais de diálogo. Por isso, se justifica a intensa importância dada à valorização do conhecimento construído coletivamente, descentralizado da figura do professor, mas compreendido em termos de colaboração entre todos. Esse entendimento, em si, já afasta a lógica funcional da alfabetização e da escolarização, pois se nega um padrão neoliberal a ser alcançado e de valorização de uma construção coletiva, repensando na própria lógica do discurso curricular, que tende a valorizar mais a forma, do que o conteúdo.
Dessa forma, questionando o próprio currículo e as bases tradicionais em que se constitui a escola, se torna possível o empoderamento de alunos (mas também de professores e da comunidade escolar como um todo) a partir do questionamento de padrões, da valorização das contribuições próprias e do incentivo a uma formação crítica e consciente. É evidente que isso depende de um processo de conscientização coletivo, que envolve fortemente uma reelaboração dos princípios que organizam as práticas pedagógicas e a escola como um todo.

Releituras dos textos:Escola democrática; Construtivismo na ação pedagógica; Empirismo na ação pedagógica; Maquinaria escolar.


Muitas trocas acontecem durante as reuniões pedagógicas nas escolas, no meio delas professores trocam experiências e manifestam seus desagrados com o intuito de tentar entender e achar respostas para os problemas que afetam o ensino aprendizagem.
O grande desafio da maioria é tornar suas aulas interessantes e atrativas para seus alunos, que muitas vezes se dispersam, porque o mundo oferece a eles um leque de opções bem mais interessantes que a sala de aula.
O professor precisa aperfeiçoar sua didática em sala para trazer para os alunos para esse universo do aprender, na maioria das vezes não é nem o aluno o maior desafio e sim a escola e o professor que estão enraizados, engessados em um ensino antiquado se negando a evoluir junto com os seus alunos.
Tornar as aulas mais prazerosas, não limitar-se a grade curricular  grade é o caminho para uma educação mais eficaz.
Becker em seus modelos epistemológicos acredita que a aprendizagem é um processo evolutivo, que está mais além do que é “certo” ou “errado”. Que o mesmo deve ser investigado, com o aluno ativo tendo como principal protagonista o próprio aluno. Nada se copia tudo se constrói.
Na realidade o que se vê é professores conteudistas, mais preocupados em passar informações do que realmente ensinar o aluno a pensar.
Becker repudia esse tipo de método de ensino porque para ele “é a ação que dá significado as coisas.”.
A escola democrática está ligada diretamente com a pedagogia libertária na educação, o professor precisa ser um mediador no conhecimento. Incentivando seus alunos e os estimulando para despertar sua curiosidade.
Não podemos negar que o conhecimento formal também se faz importante, mas ele deve ser uma consequência do que se é aprendido. Ler e escrever é algo importante, mas o como isso é desenvolvido nos alunos e adquirido por eles é mais.
O construtivismo explica os processos de desenvolvimento e aprendizagem como resultados da ação entre o homem e o ambiente em que ele vive. Os resultados disso gera aprendizado que afeta todo seu meio.
Por isso se diz que o construtivismo da ênfase na descoberta do conhecimento a partir da atividade de ação, visto que o mesmo é adquirido a partir da realidade deste.
Seguir o sistema padrão do que se é pedido muitas vezes é desanimador para maioria dos professores, sabemos que ensinar é uma coisa útil e estudar é algo necessário, mas essa norma forçada de ditar quem passa de ano, quem sabe mais e a classificação é algo que não é justo e a escola tem que ser justa para todos.
“As escolas democráticas estão inseridas” dentro de uma linha chamada de pedagogia libertária que se caracteriza por abordar a questão pedagógica diante de uma perspectiva baseada na liberdade e igualdade, eliminando as relações autoritárias, presentes no modelo educacional tradicional. (Rosinei Tosto)

 A música Another Brick In Wall- Pink Floyd nos exemplifica como o ensino de antigamente era voltado para formar cidadãos trabalhadores e não serem pensantes e autocríticos. Por mais que a escola queira deixar esta imagem tradicionalista, o governo tenta reter de qualquer maneira qualquer tipo de mudança, que a rede de ensino faça.
A um grande interesse político nisso porque o governo nunca quis que a escola gerasse cidadãos ativos. Isso afetaria as massas, pois para o rico existir o pobre precisa estar no lugar dele; aí que o quadro sócio econômico é feito para que essa hierarquia seja respeitada de acordo com o governo.
Muito se fala que a diferença de cultura é que faz um país ter sucesso em sua educação, o que acaba por deixar morrer a pedagogia libertária na escola.
Muitos se acomodam nessa ideia e mantém o tradicionalismo, que por sua vez é seguida de um autoritarismo.
 A escola deveria ser um lugar transbordante de alegria, que a força do amor superasse a lógica. Onde o aluno fosse o mais importante, fosse o foco das atenções e que os professores crescessem conjuntamente com os alunos construindo assim uma história. Onde alunos mais que instruídos, saíssem como pessoas em plenitude; vivendo aprendendo a serem felizes. Uma escola sem distinções de classes sociais, onde nem se classificassem os alunos.
Uma escola democrática é feita com a ajuda de um PPP onde professores, funcionários, comunidade, equipe diretiva e alunos estão engajados nas tomadas de decisões para contribuir com uma escola melhor e mais aberta para todos.
Atitudes e pensamentos como o do diretor Antúrnio, que na cena se preocupa mais com a indisciplina dos alunos e que impõe regras e normas dificultam avanços no ensino.
O papel do diretor é muito importante para a escola porque é ele que conduz e direciona o trabalho dos professores, entende-se que uma escola bem liderada e com professores empenhados ajudam melhor seus alunos e que estes sentem prazer de estarem na escola por causa dessa organização e motivação dos mesmos.
Concluído tudo isso entendemos que pela linha do tempo a escola teve seus avanços, mas que precisa melhorar e lutar para continuar progredindo.


Referência: 
 BECKER, Fernando. Educação e Construção do Conhecimento, 2º Edição, Porto Alegre, Penso, 2012
 MACEDO, Lino de. O Construtivismo e sua função educacional. Educação e Realidade, Porto Alegre, p.25-31, 01 jun. 1993. 18(1). Disponível em: https://www.ufrgs.br/psicoeduc/piaget/o-construtivismo-e-sua-funcao-educacional. Acesso em: 14/ abril / 2018.
TOSTO, Rosanei. Escolas Democráticas Utopias ou Realidade. Revista Pandora Brasil, ISSN 2175-3318. v. 4. 2011. Disponível em: <http://docplayer.com.br/7270548-Escolas-democraticas-utopia-ou-realidade.html>. Acesso em: 10 abr. 2018.
VARELA, Julia; URIA, A, Fernando. A Maquinaria Escolar. Teoria & Educação, São Paulo, n. 6, p.68-96, 1992. Disponível em: <https://pt.scribd.com/doc/70553618/Julia-Varela-e-Fernando-Alvarez-Uria-Maquinaria-Escolar-1>. Acesso em: 10 abr. 2018.
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Memórias das tecnologias da escola


Apesar de vir de uma família de poucas condições e de ter estudado em uma escola estadual, minhas lembranças não fogem muito do que escrevi em minha linha do tempo. As comparando com atualidade observei o quanto na época havia-se mais liberdade que hoje em dia para tudo, seja num blog ou facebook hoje tudo que escrevemos na rede pode ser lido (e até copiado) por milhões de pessoas graças a essa tecnologia toda. Então antigamente a comunicação ainda se limitava através de telefones convencionais e tudo mais, hoje quem se aventura a rede que interliga os computadores do mundo todo sabe que nunca se está sozinho, há sempre pessoas conectadas.
Se antes tínhamos um diário ou um álbum de fotos guardados no armário, hoje temos um blog ou um fotoblog para armazenar tudo e compartilhar isso com todos.
O lado bom da rede é que se pode aprender sobre todos os assuntos, visitar sites e tudo mais, mas o lado ruim é que pessoas podem usar ela indevidamente.
Assim como antigamente nos eram ensinado a ter etiqueta e não mexer nos diários alheios, na internet atual deveria existir o “netiqueta”- conjunto de regras da convivência na rede, que deveria virar tema nas escolas e obrigatório.
Nessas aulas, uma das primeiras coisas que deveriam ensinar é que quem faz algo errado pela internet também pode ser descoberto e punido. A tecnologia hoje em dia permite encontrar qualquer pessoa que fez mal para outra no mundo virtual, com a ajuda da polícia.
Seja como for a modernidade tem seus prós e contras e é necessário um equilíbrio para uma melhor convivência entre as pessoas.

Currículo


Quando pensamos em currículo temos que entender que ele tem como função principal criar uma identidade, subjetividade –opinião- conhecimento. Sua natureza epistemológica é social, não nos deixando esquecer o aspecto político.
Ao ler sobre o fordismo não pudemos deixar de lado nossa reflexão sobre como as escolas, tentam derrubar o capitalismo há séculos e não conseguem, porque as mesmas dependem do capitalismo para tentar derrubar a ele. Se o fordismo era forte na época era por conta da própria sociedade, que em sua maioria o alimentava.
Diferente de hoje que ainda lutamos contra o mundo capitalista, antigamente combater o capitalismo era ir contra um sistema ao qual não existia seres pensantes e sim massa de manobra.
Teorias críticas após um tempo foram criadas com base no Marxismo e escola e sociedade passaram a serem os culpados por esta onda de transformações, que atingia a indústria cultural, o ensino, a ideologia, reprodução cultural/social, poder, capitalismo; relações de trabalho da época.
Depois de um tempo surgiu as ideias pós-críticas, que a esses se davam em grupos sociais tornando-se assim a democracia uma maneira onde se obtinha na escola identidade, alteridade, o respeito as diferenças, a subjetividade e principalmente o saber, que era um poder negado a sociedade. Sujeitos que antes eram desinformados, passaram a buscar informações e com pensamentos reflexivos, que antes eram podados.
O que percebemos hoje em dia é que o multiculturalismo está em choque com a homogeneização cultural, que nada mais é que uma tendência econômica com globalização, mídia e capitalismo envolvidos. Assim para que o multiculturalismo crítico possa funcionar, o diálogo é fundamental para eliminação das desconfianças entre povos e culturas diferentes. A escola nessa parte precisa buscar mais práticas, ações para trabalhar isso. É preciso trabalhar etnia e não raça, raça é um termo pejorativo de dizer que algo é melhor que o outro, já etnia representa traços culturais e biológicos típicos de cada região do mundo.
Para o Etnocentrismo não ser uma doença no nosso mundo precisamos que o relativismo cultural seja ensinado nas escolas. Compreender as diferenças mesmo não estando de acordo com algumas culturas, é o primeiro passo para o respeito entre os seres humanos.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

A falha das escolas atualmente

 


Referente ao vídeo abaixo pude refletir que atualmente o grande desafio do professor é planejar suas aulas de uma forma que essa possa ser atrativa para seus alunos. O conteudismo (muito cobrado pelo sistema), consome em sala de aula, o tempo do professor que muito se limita a grade curricular.
Hoje em dia, é muito comum nos depararmos com escolas em que a repetição e a memorização dos conteúdos é o que conta para uma aprendizagem satisfatória.
A rapidez em passar informações transforma a escola, em uma fábrica que está preparando para o trabalho, esquecendo que sua função também é de formar futuros cidadãos do bem.
Outro buraco enorme nas escolas é a falta de empatia dos professores para com seus alunos, estes que por sua vez acabam por se inibir pela rigidez com que são tratados. Essa falta de empatia acaba por gerar alunos revoltados o que torna as aulas desgastantes para o professor.



domingo, 1 de abril de 2018

Imagine uma Escola diferente,uma Escola Espacial!



Ao recebermos a proposta da criação de uma escola em outro planeta, a primeira coisa que pensamos é em organizar um espaço ideal, com a melhor metodologia e uma organização curricular e geral como a que almejamos na nossa vida profissional atual. Nosso grupo discutiu sobre as necessidades das escolas reais em que atuamos, buscando nesta nova escola espacial ter sanadas estas dificuldades e ainda tornar realidade tudo aquilo que almejamos em uma escola, indo até mais além e pensando este espaço escola como algo realmente inovador e moderno, já que a educação é algo de extrema importância em qualquer lugar(ou qualquer planeta).Além disso, no meio desta tarefa produtiva e muito lúdica, também veio à tona aquelas dificuldades árduas e mazelas que enfrentamos no cotidiano escolar e que nem sempre conseguimos soluções imediatas, como o velho problema dos alunos indisciplinados, por exemplo. Esta atividade trouxe uma forte reflexão sobre a escola que temos e a escola que desejamos.